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quinta-feira, 5 de abril de 2012

Edgar Morin e nossa pesquisa....

Hoje, fui surpreendida, durante uma reunião do Matula, por esse texto incrível do Edgar Morin, que a Alice Possani (diretora do espetáculo Exílius) trouxe para as companheiras Matulas e para o nosso espetáculo:


"Devemos resistir àquilo que separa, desintegra e distancia, mesmo sabendo que a separação, a desintegração e o distanciamento ganharão a partida. A resistência é o que ajuda estas forças fracas, o que defende o frágil, o perecível, o emergente, o belo, o verdadeiro, a alma. É o que pode abrir uma fenda no Plexiglas da indiferença, para sorrir e consolar os prantos. Sorrir, rir, fazer piada, brincar, acariciar e abraçar; tudo isso é também resistir.
Resistir, resistir em primeiro lugar a nós mesmos, a nossa indiferença e a nossa desatenção, a nossa preguiça e ao nosso desânimo, a nossas vis pulsões e mesquinhas obsessões. Resistir por/para/com amizade, caridade, piedade, compaixão, ternura e bondade. A resistência à crueldade do mundo deve tentar manter a união na separação, tentar unir o que está solto deixando-o livre, suscitar o arrependimento concedendo o perdão.
(...)
A busca do esforço cósmico desesperado que, no ser humano, toma a forma de uma resistência à crueldade do mundo é o que eu chamaria de esperança."

(Edgar Morin)

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