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sexta-feira, 13 de julho de 2012

Uma postagem por dia?



Ela prometeu: uma postagem por dia, ela falhou ontem...

Ela tem falhado com algumas coisas ultimamente....

Ela visitou a melancolia... achou engraçado como poderia sobreviver tanto tempo nela??

Ela decidiu escrever em terceira pessoa, pra ver se consegue olhar com calma, se encontra um caminho um pouco mais tranquilo, já que dentro tudo é tempestade.
Queria falar bonito como alguns poetas que conhece, mas não tomou tanto jeito assim com as palavras e com a ordem delas.

Fica aqui pensando, fantasiando dunas:
"Dunas nômades, mutantes, dunas dançantes, que são levadas com o vento, que são transportadas com o vento."

Fica aqui pensando, fantasiando tendas:
"Tendas coloridas, Jaimas coloridas, dançantes que bailam como saias ao vento sob seu amante de areia."

No fundo tudo é fantasia, tudo é ilusão....
Nem a morte é real.

E a memória é atualização daquilo que não é mais, é recriação. 
É aquilo que se deseja que tenha sido.


Strawberry Fields Forever

The Beatles

Let me take you down,
'cause I'm going to Strawberry Fields.
Nothing is real,
And nothing to get hung about.
Strawberry Fields forever.
Living is easy with eyes closed,
Misunderstanding all you see.
It's getting hard to be someone,
But it all works out;
It doesn't matter much to me.
Let me take you down,
'cause I'm going to Strawberry Fields.
Nothing is real,
And nothing to get hung about.
Strawberry Fields forever.
No one I think is in my tree,
I mean, it must be high or low.
That is, you can't, you know, tune in,
But it's all right.
That is, I think it's not too bad.
Strawberry Fields Forever
Let me take you down,
'cause I'm going to Strawberry Fields.
Nothing is real,
And nothing to get hung about.
Strawberry Fields forever.
Living is easy with eyes closed,
Misunderstanding all you see.
It's getting hard to be someone,
But it all works out;
It doesn't matter much to me.
Let me take you down,
'cause I'm going to Strawberry Fields.
Nothing is real,
And nothing to get hung about.
Strawberry Fields forever.
Always know, sometimes think it's me.
But you know, I know when it's a dream.
I think a "No," I mean a "Yes,"
But it's all wrong.
That is, I think I disagree.
Let me take you down,
'cause I'm going to Strawberry Fields.
Nothing is real,
And nothing to get hung about.
Strawberry Fields forever. Strawberry Fields forever,
Strawberry Fields forever, Strawberry Fields forever

terça-feira, 10 de julho de 2012

Por favor regressar, porque está entrando num campo de minas....

Por favor a liberdade será guiada, por favor acalmem-se, o passo deve ser lento, por favor quase 3 mil kilômetros de muro, por favor.... liberdade caça jeito.

Por favor, por favor, por favor, se  interessa, se importa, acessa o link abaixo:

http://www.youtube.com/watch?v=DkN_dDG4cPY&feature=related

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Outra vez silêncio

Ela não conseguiu dormir.
Ficou rolando na cama, os pensamentos rolando mais.
Ela perdeu o domínio sobre o pensar.

Procurou no dicionário o sentido de liberdade. Não encontrou eco em si na leitura.

Liberdade pra existir é preciso poetizar, liberdade não tem graça quando é formal.

Então, procurou nos seus escritores textos sobre liberdade, já que ela mesmo perdeu o tempo e o tema:

“Quem anda no trilho é trem de ferro, sou água que corre entre pedras: liberdade caça jeito.” (Manoel de Barros)

“- Ela é tão livre que um dia será presa.
- Presa por quê?
- Por excesso de liberdade.
- Mas essa liberdade é inocente?
- É. Até mesmo ingênua.
- Então por que a prisão?
- Porque a liberdade ofende.“ (Clarice Lispector)

“Acordei hoje com tal nostalgia de ser feliz. Eu nunca fui livre na minha vida inteira. Por dentro eu sempre me persegui. Eu me tornei intolerável para mim mesma. Vivo numa dualidade dilacerante. Eu tenho uma aparente liberdade mas estou presa dentro de mim.” (Também da Clarice)

“que límpido ordenado, que precisões hein? liberdade pra quê? liberdade têm os outros de te montar em cima, de te arrancarem o naco de carne da boca, tens medo de que te tirem o quê se não tens nada?” (Hilda Hilst)

Tanta liberdade dita por aí e ela aqui, parada, buscando alguma que valesse apena ser compartilhada.
Porque é necessário fazer valer apena, é preciso ter força pra enfrentar o exercito oculto.
Ela não encontrou as armas, sentiu-se responsável pelo que não encontrou.

domingo, 8 de julho de 2012

Exilada em si mesma

De repente, ela deixou de se reconhecer...
De repente, ela deixou de se reconhecer...
Transbordar já não bastava mais.
Mas, ela não aprendeu a falar sobre, sempre esbarra nas palavras, nas ações, ela pode até pensar certo, mas não a ensinaram a agir certo. 

Dentro do peito uma dor não reconhecida. 
Disseram que ela tinha crise capital, ela se viu dentro do sistema e sem chance de mudar ou refazer as relações já estabelecidas na sociedade do consumo e do poder: É preciso ter poder para ser... Um poder que pra ser, precisa oprimir o outro, condenar alguém, encontrar um culpado para tudo o que está errado.
E hoje, parece que tudo está errado.

Acordou azeda, desencontrada, sem brilho, buscando nos outros um alivio que nunca vem, que não chega, por que o problema não está no outro, está em si, está no todo.

Pânico de gente, você já teve pânico de gente? E pânico de si mesma, de tudo o que não consegue e não conseguiu fazer?
O mundo acabando, Rio + 20 que se foi, nada muda, as coisas não mudam nem no pequeno, as cobranças continuam as mesmas, as dores as mesma, a guerra não declarada contra alguém.
Alguém precisa ser punido pela cobrança que outro alguém recebe, transfiro a dor...

Na linha de frente das batalhas invisíveis.
Na batalha contra o próprio medo.
Na batalha de dores desconhecidas, de repente se arrepende de tudo, de todas as falsas ações feitas até hoje.

Ela perdeu seu maior receptor, ela não soube lidar com o vazio.
Ela não soube lidar com a fantasia do desconhecido.
Ela tentou fugir de diversas formas, ela errou a maior parte do tempo, não conseguiu se colocar.
Buscou novas formas, essas formas não preencheram o vazio.

Hoje, ela vai chorar....

“chora sem dar por isso”

Ela vai escrever um texto, mesmo que breve, até o retorno da viagem, todos os dias, compromisso com a causa assumida.
Ela está com medo, mas não quer ser tomada por ele, pelo menos não agora, não de novo.

Entre fatos reais e imaginação, ela segue escrevendo.
Leva “Jorge” no peito, pra ver se espanta a dor que não passa.

Todo mundo corre, tudo corre, tudo apavora, ela se apavora.