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quarta-feira, 18 de abril de 2012

Julgamento severo

Em El Aiun, essa noite, muitos saharauis foram julgados e condenados a prisão, a lista foi divulgada por Ibrahim:

aziz barai : 3 años
kamal etraieh:3 años
elmahjoub awlad cheikh: 3 años
manolo mohamed: 3 años
hasana eluali: 3 años
anour esadat elhmaid: 3 años
omar eljazari: 3 años
eluali hmayada: 1 año y 6 meses
sidati dlaimi: 1 año
khalid amim: 1 año
barikalah dalbouh: 1 año
mohamed echrif enasri : 1 año
balla ali salem: 1 año
elhaj ehmaida: 1 año
bousaif aamar: 1 año

Como bem disse Alipio Freire: o pau de arara ainda vive, infelizmente!!

terça-feira, 17 de abril de 2012

Cia Auto-retrato Relato sobre a ação da Guarda Civil Metropolitana, em conjunto com a Subprefeitura da Sé

Esse mail recebi de uma companhia amiga, do período da faculdade, pessoas que conheço e acima de tudo acredito. Estão fazendo uma faxina um pouco errada no mundo. Segue pra todos, incluindo o link para o vídeo no youtube.
Que lugar é esse que vivemos sobre o medo do outro? Um morador de rua assusta tanto assim as "otoridade" dessa cidade?  

Nós, integrantes do grupo de teatro Companhia Auto-Retrato, presenciamos às 10hs da manhã do dia 12 de abril de 2012, na Praça da Sé, um conjunto formado por Guardas Civis Metropolitanos (GCM) e funcionários da Subprefeitura da Sé promovendo a apreensão de objetos pessoais de algumas das pessoas que ali estavam: sacos, sacolas, bolsas, roupas. Aparentemente, o critério para a tomada dos objetos, das mãos de seus donos, era o fato destes pertencerem a pessoas que supostamente não têm residência.

Diante da resistência por parte dos donos dos objetos, houve resposta truculenta da GCM, que deu continuidade à ação ao lado de uma equipe uniformizada da Subprefeitura da Sé, munida de luvas e máscaras.

Quando questionado por um dos integrantes da Companhia, o comandante da ação, que se apresentou como Sérgio, alegou que o procedimento fazia parte de um contexto maior de ações coordenadas pela prefeitura, e citou o exemplo da Polícia Militar, que estava encarregada de retirar os objetos guardados nas bocas de lobo, dentro de um processo de “limpeza da cidade”. Reiteramos que testemunhamos objetos sendo retirados sobretudo das mãos das pessoas, e não apenas objetos dispostos no chão ou dentro de bueiros. Nos parece claro que a questão não se refere à limpeza física dos bueiros ou do passeio público, e sim a um processo consciente de gentrificação. À resposta evasiva do comandante, somou-se sua orientação para que procurássemos a Subprefeitura da Sé para esclarecimentos sobre o decreto que estabelece esse procedimento.

Em menos de dez minutos, dois caminhões foram plenamente abastecidos com objetos pessoais. Mesmo sob protestos de moradores de rua e demais munícipes que, de passagem, se mostravam abismados com a natureza e com a violência da ação, os funcionários da Subprefeitura e da GCM não nos informaram com precisão qual seria o destino dos objetos apreendidos. A resposta foi, mais uma vez, evasiva.
Na conversa que tivemos com os Guardas Civis e com pessoas que estavam na praça fomos informados de que essa ação acontece frequentemente, em dias e horários alternados, em vários espaços públicos do centro da cidade de São Pa ulo.

Dois dos integrantes da Companhia, seguindo as orientações da GCM, foram à Subprefeitura da Sé. Conduzidos por diversos setores diferentes, obtiveram a informação de que o responsável pelo procedimento não se encontrava no prédio. Eles chegaram, então, à assessoria jurídica, onde foram informados da existência do Decreto 50448, de 2009, que define como função das Subprefeituras e da GCM garantir a possibilidade de livre circulação no espaço público e fornecer assistência social (esse decreto e suas posteriores alterações estão disponíveis na internet: 

http://www3.prefeitura.sp.gov.br/cadlem/secretarias/negocios_juridicos/cadlem/integra.asp?alt=26022009D%20504480000)[1].

O procedimento correto, segundo o assessor jurídico, seria o encaminhamento dos moradores de rua para abrigos e, seus pertences, guardados em embalagens lacradas – cujos contralacres seriam entregues aos proprietários, para que pudessem retirá-los no lugar onde fossem armazenados.

Independentemente da discussão que se pode fazer a respeito do teor do decreto, o que testemunhamos claramente não corresponde ao seu conteúdo. Os objetos pessoais eram simplesmente jogados nos caminhões e não eram dadas, aos seus donos, informações de se e como eles poderiam ser recuperados. A opinião geral de quem acompanhou a ação era de que tudo aquilo seria jogado em algum lixão.

Nós, da Companhia Auto-Retrato, acreditamos que essa ação corresponde a uma grave violação aos direitos dos cidadãos anônimos que estavam na praça, que tiveram seus bens confiscados sem qualquer justificativa nem possibilidade de defesa. Tão inquietante quanto isso é a questão que fica: que critérios serviram de fundamento para a escolha das pessoas que tiveram seus bens confiscados?

Companhia Auto-Retrato

Segue o link para o vídeo:

domingo, 15 de abril de 2012

Ultimas notícias recebidas da Jaima Sahrawi

Indirettamente, Ban Ki-moon accusa il Marocco di spiare l’ONU nel Sahara
di Luca Pistone. Scritto il 14 apr 2012 alle 11:00.

Il segretario generale delle Nazioni Unite, Ban Ki-moon, accusa il Marocco di spiare la Minurso, il contingente delle Nazioni Unite nel Sahara Occidentale, la cui missione si trova a fronteggiare sempre più ostacoli.

Nel rapporto di 28 pagine inviato al Consiglio di Sicurezza dell’ONU -che il 30 aprile prorogherà il mandato dei caschi blu- Ban afferma che “ci sono indizi che fanno pensare che la riservatezza delle comunicazioni tra la sede del Minurso (ad El Aaiún) e New York, risulti compromessa in almeno un’occasione”. Non menziona il Marocco, ma fonti diplomatiche non dubitano che alluda al paese nordafricano.

Ban lamenta inoltre che l’accesso della Minurso alla popolazione locale “è controllato” dal Marocco. “Parallelamente, la presenza della polizia marocchina al di fuori del complesso residenziale (dell’ONU) scoraggia i visitatori ad avvicinarsi alla missione”.

Il contingente, continua il funzionario, “è incapace di esercitare appieno i suoi compiti di controllo, monitoraggio e informazione della pacificazione”. Chiede, tra l’altro, che la missione venga rafforzata con 15 osservatori militari da affiancare ai 230 membri della Minurso.

Nella bozza diffusa il 6 aprile, tra gli obiettivi della Minurso, figurava “l’attuazione del referendum sull’autodeterminazione” che rivendica il Fronte Polisario. L’ultima versione, pubblicata l’11 aprile, menziona solo “l’applicazione delle successive risoluzioni del Consiglio di Sicurezza”. Da notare che la sigla Minurso sta per The United Nations Mission for the Referendum in Western Sahara.

Il rapporto non include un’altra antica aspirazione del Polisario, sostenuta da Amnesty International e Human Rigts Watch: una vigilanza ONU sui diritti umani nel Sahara, come fanno altri contingenti di pace in altre parti del mondo.

Ciononostante, Ahmed Boujari, rappresentante del Polisario all’ONU, definisce il rapporto “un’evoluzione positiva”. Si dice soddisfatto delle recenti dichiarazioni di Ban, secondo cui, la Minurso, per poter adempiere al suo mandato, deve “aver accesso ad informazioni affidabili e credibili”, cosa di cui oggi non dispone. Ottenute tali informazioni, sostiene Ban, si avrebbe “un libero accesso al territorio Saharawi di diplomatici, giornalisti e organizzazioni di diritti umani”.

Da cinque anni Marocco e Polisario intrattengono riunioni informali, alle quali presenziano delegazioni algerine e mauritane. Ban ricorda come questi appuntamenti non abbiano condotto a “progressi reali”.

Il ministro degli Affari Esteri del Marocco non ha ancora commentato il rapporto, di cui conosce il contenuto dagli inizi del mese, facendo parte il suo paese del Consiglio di Sicurezza dell’ONU.

Ban chiede, infine, la liberazione dei cooperanti spagnoli, Enric Gonyalons e Ainhoa Fernández, e dell’italiana Rossella Urru, sequestrati lo scorso ottobre in una zona sotto il controllo del Polisario.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Edgar Morin e nossa pesquisa....

Hoje, fui surpreendida, durante uma reunião do Matula, por esse texto incrível do Edgar Morin, que a Alice Possani (diretora do espetáculo Exílius) trouxe para as companheiras Matulas e para o nosso espetáculo:


"Devemos resistir àquilo que separa, desintegra e distancia, mesmo sabendo que a separação, a desintegração e o distanciamento ganharão a partida. A resistência é o que ajuda estas forças fracas, o que defende o frágil, o perecível, o emergente, o belo, o verdadeiro, a alma. É o que pode abrir uma fenda no Plexiglas da indiferença, para sorrir e consolar os prantos. Sorrir, rir, fazer piada, brincar, acariciar e abraçar; tudo isso é também resistir.
Resistir, resistir em primeiro lugar a nós mesmos, a nossa indiferença e a nossa desatenção, a nossa preguiça e ao nosso desânimo, a nossas vis pulsões e mesquinhas obsessões. Resistir por/para/com amizade, caridade, piedade, compaixão, ternura e bondade. A resistência à crueldade do mundo deve tentar manter a união na separação, tentar unir o que está solto deixando-o livre, suscitar o arrependimento concedendo o perdão.
(...)
A busca do esforço cósmico desesperado que, no ser humano, toma a forma de uma resistência à crueldade do mundo é o que eu chamaria de esperança."

(Edgar Morin)