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domingo, 2 de setembro de 2012

Silêncio

Silêncio.
Mentira.
Aqui nenhum silêncio.
Mente que não pára, imagens que não param...

Gente que fala e que fala e que fala.
Eu que falo e que falo e que falo.

Vazio barulhento.
Desconforto do desconhecido.

- Outro vinho, posso?
- É assim, de repente é assim... Vc olha por lado e a pessoa deixa de estar. Foi levada com o vento. Dela só ficaram as fotos, o rosto jovem, o silêncio interminável e as roupas que era preciso desfazer.

A menina mais nova brinca com boneca, de construir casinhas, de colocar tijolinho sobre tijolinho.

- Posso pegar outra taça de vinho?
- ... (balança a cabeça).

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